Você como eu gosta de brincar na chuva?

Antigamente quando chovia corríamos tirar os sapatos para brincar nas poças d’água. Era tão gostoso porque podíamos sentir nos pés aquela água gostosa.
Fico pensando que só era possível por causa da poça era como uma mini piscina.

As relações líquidas estão tão passageiras que não está sendo possível conter nem essa quantidade de água.
Elas vem se tornando cada vez mais diluída e vazia de afetos.

As pessoas estão sendo absorvidas apenas pela paixão do momento, e o imediatismo tomou conta da vida. Não é preciso investir mais no outro, consolidar a relação com trocas que sustentem uma relação.

Porque será que isso vem se instalando cada vez mais?

Os amores são líquidos e passageiros porque as pessoas não querem investir e nem serem verdadeiras com o outro. Estamos em tempos de mentes atribulados, corpos esculpidos e um faz de conta nas redes sociais que todos somos felizes.

O gostoso é brincar de ser feliz, sendo feliz brincando, sendo autentico com o outro, ninguém precisa se anular para estar com o outro.
Precisamos nos encontrar para em sintonia ter troca e será nesta troca que a relação será mais que prazer, será ser visto e admirado por quem se é…

Quem se lembra das aulas de ciências dos estados líquidos, sólidos e gasoso, fazíamos experiência no laboratório.

Agora usamos esses termos para exemplificar os valores dos relacionamentos nos tempos atuais.

Estamos vivendo tempos de relações que tem sido chamadas de líquidas em que os valores se tornaram frágeis. As gerações líquidas são passageiras, vazias, desprovidas de afeto e compromisso. Tudo é passageiro, tudo é imediatismo, princípio de prazer, não precisa ter respeito, compromisso, nem responsabilidade com ninguém.

Um dos grandes temores é não se envolver para não perder, mas você concorda que a loucura é que continua sendo sozinho sempre.

Em plena pandemia que já fez aniversário poucos estão dispostos a se rever em seus valores.

Quanto vale a vida?

Será mesmo que não tem consequência tratar o outro como copo descartável? Eu só consigo estar bem com aquilo que traz segurança, com valores sólidos que sejam reais e verdadeiros.

Será mesmo que nosso emocional vai dar conta desses novos valores?

Já reparou que as pessoas como trouxe a origem da palavra “crush” que está no esmagamento, estão com relações sem vínculos afetivos?
Montei alguns pontos para escrever sobre cada um de forma individual.
Ponto central está na identidade, as pessoas não estão sendo honestas, há falta de investimento de afeto no outro e na relação.
Os jogos, chantagens, tidos como tóxicos ou abusivos está na forma de se relacionar com o outro.
Qualquer conflito bloqueia a pessoa nas redes sociais, não há perdão, muito menos empatia para estar com o outro.

As pessoas estão se comportando de forma fria, individualista, não tem o olhar dentro de si mesmo.

Parece que tóxico é somente o outro!
Para se relacionar bem com o outro eu preciso primeiro estar bem comigo mesmo.

Rever minha identidade, meus valores humanos e olhar como foram os vínculos investidos na infância e durante a trajetória da vida.

Você já se sentiu mau bloqueando alguém? Tem investido nas relações afetivas? A quanto tempo não faz uma ligação para seus amigos?

Vamos investir o maior presente que pode se dar ao outro é a forma de tratamento em seu comportamento. As relações sólidas são exatamente a construção mais saudável. Aqui há como resultado final, a admiração pela pessoa.

Por isso que ser autêntico, verdadeiro, respeitar a si mesmo e as diferenças, fazem toda função para construir algo mais sólido. É como construir uma casa, precisamos ter um planejamento, uma planta e escolher materiais duráveis.

Além de um belo alicerce, para suportar erguer as paredes.

Nossas relações afetivas são assim, deveríamos ter trocas afetivas, e importar mais com o nível de tratamento oferecido ao outro. O primeiro vínculo que possuímos vem através da relação com nossa mãe, por isso que a base das nossas relações são as construções vivenciadas.

Como você recebeu esse amor esse vínculo mãe e filho será a forma de se relacionar na vida adulta. Você já percebeu que de bilhões de pessoas no planeta o que nos diferencia é a nossa identidade.

Para admirar o outro é necessário estar melhor consigo mesmo. Nós oferecemos ao outro aquilo que transborda dentro de nós.

O vínculo, o primeiro que conhecemos é o vínculo de amor da relação mãe e bebê, ou quem fez essa função.

É ele que nutre, alimenta a parte afetiva do bebê, por isso que a mãe “empresta” seu psique para a criança, será através desse “conhecimento” que a criança começa sua constituição psíquica.

Aqui entramos em um campo psicanalítico profundo, a ideia é entender que o amor é o que nos sustenta emocionalmente.

Por isso que em um relação sólida será o vínculo sentido , criado e construído que sustentará o relacionamento.

Vínculo e aliança não é o objeto, o certidão de casamento, a aliança de ouro, mas aquilo que é sentido do lado de dentro de cada um.

Por isso que o laço emocional será o que sustenta a qualidade de um relacionamento.