Você já deve ter ouvido falar das gerações Y, Z, geração Coca-Cola, agora a nova modalidade é a geração Canguru.

Esse termo surgiu na França no final dos anos 90 para se referir aos jovens de 24 há 35 anos que se alojavam em casa em nome do conforto, e da economia, não precisam se envolver com os problemas e ficam na zona de conforto em um mundo mais individualista.

O que está por trás da Geração Canguru?

Vários fatores, desde questões sociais, econômicas como a super proteção dos pais.
Com a pandemia aumentou muito o número de jovens que voltaram a morar com os pais, por conta da dificuldade financeira.

O perigo na superproteção é não sair mais da zona de conforto e estarmos alimentando uma geração de personagens inseguros, infantis e imaturos.Como cada família tem sua estrutura, forma de convívio e necessidades diferentes, seria interessante olhar essa aspecto primeiro.

Dialogar é um excelente caminho sempre, inserir o jovem dentro do contexto familiar, delegando responsabilidade e seria um formato de sair desse lugar de superproteção. Toda escolha tem um ganho secundário e um preço a ser pago, se por um lado existe o conforto e o amparo da situação por outro existe a falta de independência e autonomia, pois tem outra situação envolvida “os filhos dos filhos”, os avôs que acolhem seus filhos quando esses também já são pais.

Aqui começa o conflito emocional, a perda de autonomia e autoridade diante do próprio filho.

Um exemplo simples, me lembro de um atendimento infantil de uma criança relatando que ela tinha descoberto uma coisa na casa “sabe quem manda na minha mãe, a mãe dela, e eu mando na minha avó”.

Vamos estar atentos para que as crianças não fiquem vivenciando uma super proteção tanto delas quanto do seus pais pelo seus avós.

Uma sugestão valiosa seria o acompanhamento terapêutico, seja individual ou familiar, pode ser uma maneira para descobrir as respostas e buscar soluções.