Um dependente afetivo não consegue exercer sua autonomia enquanto indivíduo, nem tampouco ter autoconfiança; e isso traz sérios transtornos para a sua vida. Podemos fazer a mesma analogia com os dependentes químicos, que ficam alterados quando permanecem longe da substância. O dependente afetivo entra em um verdadeiro estado de colapso diante da possibilidade de perder a pessoa amada. O dependente afetivo é alguém que depende de outra pessoa para se sentir seguro. Acredito que agora podemos entender que o amor pode ser tornar um vício que causa dependência como qualquer outro vício.

Vale ressaltar que muitas mulheres e homens independentes em suas vidas profissionais podem ser inseguros no amor – o que fica ainda mais contraditório e dicotômico.
E por conta disso podem ter comportamentos que já são sintomas da dependência e que não são reconhecidos conscientemente. Estes sintomas podem se manifestar das seguintes formas:
• Concordar com tudo que a pessoa amada diz por medo de contrariá-la e perdê-la, dificuldade de dizer “não” e colocar limites. • Tomar as próprias decisões sem se sentir insegura e sempre querendo agradar ao outro.
• Imenso desconforto quando está longe da pessoa amada, a ponto de parecer que falta um pedaço ou membro do corpo. • Dificuldade em prosseguir com projetos pessoais, e se colocar em primeiro lugar em sua vida.
• Se sujeitar a situações humilhantes e constrangedoras na esperança de manter a pessoa amada por perto sempre
• Medo inexplicável de perder o outro e se ver sozinha, continuando em uma situação tóxica em que o sofrimento fica abafado.

Todo carente afetivo tem dificuldade em lidar com o apego, lembrando que o apego é uma maneira de um indivíduo manter proximidade de alguém que seja importante para ela.

Para que você possa se auto-avaliar e perceber se você está vivendo uma dependência afetiva, descrevo aqui alguns sintomas

1. Tem tendência em procurar pessoas que possam cuidar de você, que pareçam ser mais fortes emocionalmente;
2. Torna seu parceiro responsável pela sua segurança e felicidade;
3. É ciumenta e possessiva em suas relações;
4. Sente-se frágil, fraca, acha que não dá conta dos desafios de sua própria vida; 5. Gosta que as pessoas sintam pena de você, aprendem a fazer chantagem emocional, e muito medo de perder o outro

A codependência é um transtorno emocional que se caracteriza por uma dependência excessiva de um indivíduo em relação a outro. Pode-se dizer também que é uma prisão, onde o indivíduo suporta qualquer tipo de comportamento e suas consequências, sem perceber que está abrindo mão de sua própria vida e de seus sonhos.

Agora vamos analisar alguns sintomas de codependência afetiva:
1. Você se sente responsável por outra pessoa: pelos seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades e bem-estar.
2. Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo.
3. Você se sente desvalorizada pelas pessoas que ama? Como se elas fossem ingratas por tudo que você já fez por elas.
4. Tenta sempre se fazer útil, mesmo quando lhe é pedido ajuda. 5. Acredita que se doa mais do que recebe e não entende por que isso acontece

Não precisamos somente amar uma pessoa; podemos abrir os horizontes e aprender a encontrar novas formas de amar, sem jamais deixar de ser você mesmo. Somente no amor você pode extrair o melhor do outro que você encontra admiração. Podemos também aprender com os nossos erros e jamais desistir de evoluir emocionalmente.

Lembre-se, se os músculos precisam muito se fortalecer, imagine os nossos afetos então!
E lembre-se mais do que nunca: busque ajuda com um profissional qualificado e que possa te ajudar a conduzir o autoconhecimento Apropriado. Não espere os sintomas ficarem muito intensos; a psicoterapia poderá te auxiliar, além de proporcionar grande alívio neste encontro maravilhoso que poderá transformar sua vida.
Basta apenas querer e se permitir a buscar a paz interna, a mente tranquila para ter mais recurso emocional para ter uma vida mais plena e feliz.

O segredo está em buscar a capacidade de estar só consigo mesmo, ainda que diante da presença do outro, sendo honesta contigo, se posicionando como sujeito desejante e jamais perder o gesto espontâneo.

Que o amor possa transbordar primeiro dentro de você!