Equilibrio Archives - Cristiane Tabai https://cristianetabai.com.br/category/equilibrio/ Psicóloga e Psicanalista Tue, 03 Aug 2021 02:39:22 +0000 en-US hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.5 https://cristianetabai.com.br/wp-content/uploads/2020/08/cropped-favicon3-20-e1597568318403-8-32x32.png Equilibrio Archives - Cristiane Tabai https://cristianetabai.com.br/category/equilibrio/ 32 32 Relações Líquidas e Relações Sólidas https://cristianetabai.com.br/relacoes-liquidas-solidas/2021/08/ https://cristianetabai.com.br/relacoes-liquidas-solidas/2021/08/#respond Tue, 03 Aug 2021 02:38:46 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1789 Você como eu gosta de brincar na chuva? Antigamente quando chovia corríamos tirar os sapatos para brincar nas poças d'água. Era tão gostoso porque podíamos sentir nos pés aquela água gostosa. Fico pensando que só era possível por causa da poça era como uma mini piscina. As relações líquidas estão tão passageiras que não

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Você como eu gosta de brincar na chuva?

Antigamente quando chovia corríamos tirar os sapatos para brincar nas poças d’água. Era tão gostoso porque podíamos sentir nos pés aquela água gostosa.
Fico pensando que só era possível por causa da poça era como uma mini piscina.

As relações líquidas estão tão passageiras que não está sendo possível conter nem essa quantidade de água.
Elas vem se tornando cada vez mais diluída e vazia de afetos.

As pessoas estão sendo absorvidas apenas pela paixão do momento, e o imediatismo tomou conta da vida. Não é preciso investir mais no outro, consolidar a relação com trocas que sustentem uma relação.

Porque será que isso vem se instalando cada vez mais?

Os amores são líquidos e passageiros porque as pessoas não querem investir e nem serem verdadeiras com o outro. Estamos em tempos de mentes atribulados, corpos esculpidos e um faz de conta nas redes sociais que todos somos felizes.

O gostoso é brincar de ser feliz, sendo feliz brincando, sendo autentico com o outro, ninguém precisa se anular para estar com o outro.
Precisamos nos encontrar para em sintonia ter troca e será nesta troca que a relação será mais que prazer, será ser visto e admirado por quem se é…

Quem se lembra das aulas de ciências dos estados líquidos, sólidos e gasoso, fazíamos experiência no laboratório.

Agora usamos esses termos para exemplificar os valores dos relacionamentos nos tempos atuais.

Estamos vivendo tempos de relações que tem sido chamadas de líquidas em que os valores se tornaram frágeis. As gerações líquidas são passageiras, vazias, desprovidas de afeto e compromisso. Tudo é passageiro, tudo é imediatismo, princípio de prazer, não precisa ter respeito, compromisso, nem responsabilidade com ninguém.

Um dos grandes temores é não se envolver para não perder, mas você concorda que a loucura é que continua sendo sozinho sempre.

Em plena pandemia que já fez aniversário poucos estão dispostos a se rever em seus valores.

Quanto vale a vida?

Será mesmo que não tem consequência tratar o outro como copo descartável? Eu só consigo estar bem com aquilo que traz segurança, com valores sólidos que sejam reais e verdadeiros.

Será mesmo que nosso emocional vai dar conta desses novos valores?

Já reparou que as pessoas como trouxe a origem da palavra “crush” que está no esmagamento, estão com relações sem vínculos afetivos?
Montei alguns pontos para escrever sobre cada um de forma individual.
Ponto central está na identidade, as pessoas não estão sendo honestas, há falta de investimento de afeto no outro e na relação.
Os jogos, chantagens, tidos como tóxicos ou abusivos está na forma de se relacionar com o outro.
Qualquer conflito bloqueia a pessoa nas redes sociais, não há perdão, muito menos empatia para estar com o outro.

As pessoas estão se comportando de forma fria, individualista, não tem o olhar dentro de si mesmo.

Parece que tóxico é somente o outro!
Para se relacionar bem com o outro eu preciso primeiro estar bem comigo mesmo.

Rever minha identidade, meus valores humanos e olhar como foram os vínculos investidos na infância e durante a trajetória da vida.

Você já se sentiu mau bloqueando alguém? Tem investido nas relações afetivas? A quanto tempo não faz uma ligação para seus amigos?

Vamos investir o maior presente que pode se dar ao outro é a forma de tratamento em seu comportamento. As relações sólidas são exatamente a construção mais saudável. Aqui há como resultado final, a admiração pela pessoa.

Por isso que ser autêntico, verdadeiro, respeitar a si mesmo e as diferenças, fazem toda função para construir algo mais sólido. É como construir uma casa, precisamos ter um planejamento, uma planta e escolher materiais duráveis.

Além de um belo alicerce, para suportar erguer as paredes.

Nossas relações afetivas são assim, deveríamos ter trocas afetivas, e importar mais com o nível de tratamento oferecido ao outro. O primeiro vínculo que possuímos vem através da relação com nossa mãe, por isso que a base das nossas relações são as construções vivenciadas.

Como você recebeu esse amor esse vínculo mãe e filho será a forma de se relacionar na vida adulta. Você já percebeu que de bilhões de pessoas no planeta o que nos diferencia é a nossa identidade.

Para admirar o outro é necessário estar melhor consigo mesmo. Nós oferecemos ao outro aquilo que transborda dentro de nós.

O vínculo, o primeiro que conhecemos é o vínculo de amor da relação mãe e bebê, ou quem fez essa função.

É ele que nutre, alimenta a parte afetiva do bebê, por isso que a mãe “empresta” seu psique para a criança, será através desse “conhecimento” que a criança começa sua constituição psíquica.

Aqui entramos em um campo psicanalítico profundo, a ideia é entender que o amor é o que nos sustenta emocionalmente.

Por isso que em um relação sólida será o vínculo sentido , criado e construído que sustentará o relacionamento.

Vínculo e aliança não é o objeto, o certidão de casamento, a aliança de ouro, mas aquilo que é sentido do lado de dentro de cada um.

Por isso que o laço emocional será o que sustenta a qualidade de um relacionamento.

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Geração Canguru https://cristianetabai.com.br/geracao-canguru/2021/08/ https://cristianetabai.com.br/geracao-canguru/2021/08/#respond Tue, 03 Aug 2021 02:34:28 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1786 Você já deve ter ouvido falar das gerações Y, Z, geração Coca-Cola, agora a nova modalidade é a geração Canguru.Esse termo surgiu na França no final dos anos 90 para se referir aos jovens de 24 há 35 anos que se alojavam em casa em nome do conforto, e da economia, não precisam se envolver

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Você já deve ter ouvido falar das gerações Y, Z, geração Coca-Cola, agora a nova modalidade é a geração Canguru.

Esse termo surgiu na França no final dos anos 90 para se referir aos jovens de 24 há 35 anos que se alojavam em casa em nome do conforto, e da economia, não precisam se envolver com os problemas e ficam na zona de conforto em um mundo mais individualista.

O que está por trás da Geração Canguru?

Vários fatores, desde questões sociais, econômicas como a super proteção dos pais.
Com a pandemia aumentou muito o número de jovens que voltaram a morar com os pais, por conta da dificuldade financeira.

O perigo na superproteção é não sair mais da zona de conforto e estarmos alimentando uma geração de personagens inseguros, infantis e imaturos.Como cada família tem sua estrutura, forma de convívio e necessidades diferentes, seria interessante olhar essa aspecto primeiro.

Dialogar é um excelente caminho sempre, inserir o jovem dentro do contexto familiar, delegando responsabilidade e seria um formato de sair desse lugar de superproteção. Toda escolha tem um ganho secundário e um preço a ser pago, se por um lado existe o conforto e o amparo da situação por outro existe a falta de independência e autonomia, pois tem outra situação envolvida “os filhos dos filhos”, os avôs que acolhem seus filhos quando esses também já são pais.

Aqui começa o conflito emocional, a perda de autonomia e autoridade diante do próprio filho.

Um exemplo simples, me lembro de um atendimento infantil de uma criança relatando que ela tinha descoberto uma coisa na casa “sabe quem manda na minha mãe, a mãe dela, e eu mando na minha avó”.

Vamos estar atentos para que as crianças não fiquem vivenciando uma super proteção tanto delas quanto do seus pais pelo seus avós.

Uma sugestão valiosa seria o acompanhamento terapêutico, seja individual ou familiar, pode ser uma maneira para descobrir as respostas e buscar soluções.

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Tempos Atuais e a Passagem das Horas https://cristianetabai.com.br/tempos-atuais-e-a-passagem-das-horas/2021/08/ https://cristianetabai.com.br/tempos-atuais-e-a-passagem-das-horas/2021/08/#respond Tue, 03 Aug 2021 02:30:16 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1780 Você percebeu como a sociedade está completamente diferente por conta do isolamento social que estamos vivendo?Isso faz com que o ser humano se sinta muito mais desamparado.Estive em um Congresso de Psicanálise e Poesia e o homenageado foi o poeta Fernando Pessoa. Trouxe um pequeno trecho de seu poema: passagem das horas.PASSAGEM DAS HORAS“Trago dentro

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Você percebeu como a sociedade está completamente diferente por conta do isolamento social que estamos vivendo?

Isso faz com que o ser humano se sinta muito mais desamparado.

Estive em um Congresso de Psicanálise e Poesia e o homenageado foi o poeta Fernando Pessoa. Trouxe um pequeno trecho de seu poema: passagem das horas.

PASSAGEM DAS HORAS

“Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero”

Essa é apenas uma estrofe desse poema imenso e tão profundo que revela muito do sofrimento do ser humano, da sua origem, seus objetivos e sua construção de subjetividade.

Na psicoterapia o nosso objetivo é ser esse escutador do sofrimento humano, e acompanhar essa travessia com nosso paciente, acolhendo, fazendo com que a própria pessoa consiga ir criando recurso para conhecer a si mesmo.

Entender os seus traumas, aceitar, reconhecer sua origem e sua história e ainda olhar o universo no presente momento, hoje por exemplo nossa sociedade está vivendo momento de paranoia por conta do vírus covid, e a pandemia, o que contribuiu muito para um momento de muito luto, melancolia, ao mesmo tempo dúvidas incertezas e manias persecutórias.

Vale ressaltar que trauma é tudo o que eu não consigo ressignificar e você irá repetir.Por isso, que você que está sofrendo com essa situação não espere para buscar ajuda, infelizmente as pesquisas já apontou o Brasil como sendo o primeiro do mundo em maior nível de stress, veio em seguida de dois sentimentos, a tristeza e a raiva.

O meio ambiente pode ser um aliado ou não, diz bem o poeta na passagem das horas e terá influência direta em nossa saúde mental.

 

Não perca tempo em se cuidar!

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Entendendo a Dependência Afetiva https://cristianetabai.com.br/entendendo-a-dependencia-afetiva/2021/06/ https://cristianetabai.com.br/entendendo-a-dependencia-afetiva/2021/06/#respond Tue, 08 Jun 2021 03:50:20 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1771 Um dependente afetivo não consegue exercer sua autonomia enquanto indivíduo, nem tampouco ter autoconfiança; e isso traz sérios transtornos para a sua vida. Podemos fazer a mesma analogia com os dependentes químicos, que ficam alterados quando permanecem longe da substância. O dependente afetivo entra em um verdadeiro estado de colapso diante da possibilidade de perder

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Um dependente afetivo não consegue exercer sua autonomia enquanto indivíduo, nem tampouco ter autoconfiança; e isso traz sérios transtornos para a sua vida. Podemos fazer a mesma analogia com os dependentes químicos, que ficam alterados quando permanecem longe da substância. O dependente afetivo entra em um verdadeiro estado de colapso diante da possibilidade de perder a pessoa amada. O dependente afetivo é alguém que depende de outra pessoa para se sentir seguro. Acredito que agora podemos entender que o amor pode ser tornar um vício que causa dependência como qualquer outro vício.

Vale ressaltar que muitas mulheres e homens independentes em suas vidas profissionais podem ser inseguros no amor – o que fica ainda mais contraditório e dicotômico.
E por conta disso podem ter comportamentos que já são sintomas da dependência e que não são reconhecidos conscientemente. Estes sintomas podem se manifestar das seguintes formas:
• Concordar com tudo que a pessoa amada diz por medo de contrariá-la e perdê-la, dificuldade de dizer “não” e colocar limites. • Tomar as próprias decisões sem se sentir insegura e sempre querendo agradar ao outro.
• Imenso desconforto quando está longe da pessoa amada, a ponto de parecer que falta um pedaço ou membro do corpo. • Dificuldade em prosseguir com projetos pessoais, e se colocar em primeiro lugar em sua vida.
• Se sujeitar a situações humilhantes e constrangedoras na esperança de manter a pessoa amada por perto sempre
• Medo inexplicável de perder o outro e se ver sozinha, continuando em uma situação tóxica em que o sofrimento fica abafado.

Todo carente afetivo tem dificuldade em lidar com o apego, lembrando que o apego é uma maneira de um indivíduo manter proximidade de alguém que seja importante para ela.

Para que você possa se auto-avaliar e perceber se você está vivendo uma dependência afetiva, descrevo aqui alguns sintomas

1. Tem tendência em procurar pessoas que possam cuidar de você, que pareçam ser mais fortes emocionalmente;
2. Torna seu parceiro responsável pela sua segurança e felicidade;
3. É ciumenta e possessiva em suas relações;
4. Sente-se frágil, fraca, acha que não dá conta dos desafios de sua própria vida; 5. Gosta que as pessoas sintam pena de você, aprendem a fazer chantagem emocional, e muito medo de perder o outro

A codependência é um transtorno emocional que se caracteriza por uma dependência excessiva de um indivíduo em relação a outro. Pode-se dizer também que é uma prisão, onde o indivíduo suporta qualquer tipo de comportamento e suas consequências, sem perceber que está abrindo mão de sua própria vida e de seus sonhos.

Agora vamos analisar alguns sintomas de codependência afetiva:
1. Você se sente responsável por outra pessoa: pelos seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades e bem-estar.
2. Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo.
3. Você se sente desvalorizada pelas pessoas que ama? Como se elas fossem ingratas por tudo que você já fez por elas.
4. Tenta sempre se fazer útil, mesmo quando lhe é pedido ajuda. 5. Acredita que se doa mais do que recebe e não entende por que isso acontece

Não precisamos somente amar uma pessoa; podemos abrir os horizontes e aprender a encontrar novas formas de amar, sem jamais deixar de ser você mesmo. Somente no amor você pode extrair o melhor do outro que você encontra admiração. Podemos também aprender com os nossos erros e jamais desistir de evoluir emocionalmente.

Lembre-se, se os músculos precisam muito se fortalecer, imagine os nossos afetos então!
E lembre-se mais do que nunca: busque ajuda com um profissional qualificado e que possa te ajudar a conduzir o autoconhecimento Apropriado. Não espere os sintomas ficarem muito intensos; a psicoterapia poderá te auxiliar, além de proporcionar grande alívio neste encontro maravilhoso que poderá transformar sua vida.
Basta apenas querer e se permitir a buscar a paz interna, a mente tranquila para ter mais recurso emocional para ter uma vida mais plena e feliz.

O segredo está em buscar a capacidade de estar só consigo mesmo, ainda que diante da presença do outro, sendo honesta contigo, se posicionando como sujeito desejante e jamais perder o gesto espontâneo.

Que o amor possa transbordar primeiro dentro de você!

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Quando o casamento não está dando certo, o que fazer? https://cristianetabai.com.br/quando-o-casamento-nao-esta-dando-certo-o-que-fazer/2021/06/ https://cristianetabai.com.br/quando-o-casamento-nao-esta-dando-certo-o-que-fazer/2021/06/#respond Tue, 08 Jun 2021 03:46:10 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1767 Quando o casamento não está dando certo, o que fazer? Buscar ajuda o quanto antes, porque a maioria das pessoas procuram ajuda quando já estão com muitas dificuldades e sintomas descontrolados. Falar em casamento requer pensar que o vínculo de amor entre as pessoas sofreu muitas modificações com a modernidade, o mundo atual está baseado

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Quando o casamento não está dando certo, o que fazer?

Buscar ajuda o quanto antes, porque a maioria das pessoas procuram ajuda quando já estão com muitas dificuldades e sintomas descontrolados.

Falar em casamento requer pensar que o vínculo de amor entre as pessoas sofreu muitas modificações com a modernidade, o mundo atual está baseado em relações líquidas, em satisfazer as próprias necessidades e cada vez mais há desconfiança em relação ao outro, medo de se entregar e pouco investimento nos compromissos.

Quando a satisfação das próprias necessidades apenas são investidas , o que acarreta são sentimentos de solidão e desvalorização de si.

Vem aparecendo muitos jogos como uma nova forma de comunicação online, com mais intensidade nas redes sociais, as pessoas por insegurança acabam não sendo autênticas e estão adotando formas muito adoecidas de se relacionarem, sem compromisso algum.

As relações de confiança não são sentidas porque as pessoas estão “presas” em padrões e acabam repetindo e projetando suas formas anteriores de amar.

Se amar é um sentimento tão nobre e restaurador, porque temer o amor?

Porque pode haver registros de dor nestas relações desde a infância, nas relações com os pais e também em outros relacionamentos que trouxeram traumas.
Portanto, o outro com quem você se relaciona não é tão estranho, é mais familiar do que se imagina. Eu brinco aqui nos atendimentos, para as pessoas pegarem todos os membros da sua família, bater no liquidificador e o resultado sai seu companheiro(a).

Entramos num campo minado que requer uma análise mais profunda e individual, porque vai falar do mundo interno de cada um.
Quando você escolheu estar em dois, entramos na relação da dupla é isso que a terapia de casal faz. Na análise de casal o conflito está na “relação” deste relacionamento, será este o foco do tratamento.

De forma simples, é o “nós” o terceiro elemento, o que se dá, a forma da relação, o terapeuta irá conduzir para que o casal entenda como é o funcionamento desta relação e a forma de lidar melhor e entender o que se busca no outro e a encontrar recursos internos para lidar com esta relação de forma mais saudável e madura.

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Emoções https://cristianetabai.com.br/emocoes/2020/09/ https://cristianetabai.com.br/emocoes/2020/09/#respond Tue, 22 Sep 2020 23:20:38 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1696 O Exemplo é o filme La La Land de 2016 La La Land - Cantando Estações é uma grande surpresa da Sétima Arte e faz renascer os musicais com elegância e competência de uma obra genial! Com magníficas atuações de Emma Stone e Ryan Gosling, esta obra prima do cinema moderno faz uma grande

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O Exemplo é o filme La La Land de 2016

La La Land – Cantando Estações é uma grande surpresa da Sétima Arte e faz renascer os musicais com elegância e competência de uma obra genial!

Com magníficas atuações de Emma Stone e Ryan Gosling, esta obra prima do cinema moderno faz uma grande homenagem aos maiores clássicos do cinema de Hollywood.

A tão comentada cena de abertura, com um plano-sequencia incrível

Contemplem a historia de Sebastian(Ryan Gosling) que é um musico que sonha em recuperar a alma do jazz e abrir seu próprio clube,

e Mia (Emma Stone) que é uma atendente de lanchonete que sonha em se tornar uma atriz de sucesso, a historia pode até ser simples e clichê, é o tipo de coisas que já estamos cansados de ver no cinema, mas nunca vimos desse jeito, pode acreditar, seu roteiro começa simples, mas em determinado momento ele foge completamente do clichê, ganha vida, rumos, encanta e surpreende e nem no mais perigosos dos momentos.

Ryan Gosling e Emma Stone estão completamente fora de serie, entregues aos papeis e com uma química impressionante o casal apaixona a todos, não apenas com suas danças e beijos, mas nos seus modos de olhar, se portar, manias e malicias,

Seria mais um clichê fazer um filme sobre o amor, a novidade é sempre a maneira de se tratar esse amor, e aqui vemos algo completamente diferente, temos uma mensagem que vai contra todo o padrão de hollywood,

Temos uma moral a onde diz que o amor nem sempre está acima de tudo, podemos abdicar dele para perseguir nossos sonhos, mas isso não significa que deixaremos de amar, pois mesmo renegado, impossível e depreciado, o amor nunca morre com o tempo.

. 7 indicações ao Globo de Ouro; 14 indicações ao Oscar 2017:

E o final – ele decepciona, sua conclusão é perfeita, linda e memorável.

Vi muitas mulheres saindo decepcionadas do cinema, porque o casal não fica juntos, e não temos o final e foram felizes para sempre.

O que faz do filme algo mais autêntico e verdadeiro.

Porque conciliar a carreira e o amor sempre foi um grande desafio na vida adulta.

E estar com o outro fisicamente não quer dizer que exista a sintonia de amor.

O amor é algo mais profundo e nobre, ele precisa ser vivido, sentido, de forma espontânea, ou seja deixar ele fluir naturalmente.

Não se trata de controle e regras rígidas e contratos para se estar junto, e sim de gestos espontâneos, simples e de um potencial dessa sintonia de amor,

Que deveria acontecer naturalmente, o beijo precisa ser saboroso, extrair o melhor do outro.

E por isso o final também pode ser surpreendente

A amor ágape não precisa ESTAR e sim apenas SER.

Um amor verdadeiro pode ser vivido sem ter que aprisinar, estar junto, apenas ter registros de emoções que fluiram porque o casal deu jogo nas quatro estações.

De Janeiro a Janeiro.

E se ninguém é de ninguém e se temos apenas o dia de hoje

Porque não abrir o cofre secreto e fazer como o Nando Reis

“O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz”.

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Amor Saudável https://cristianetabai.com.br/amor-saudavel/2020/09/ https://cristianetabai.com.br/amor-saudavel/2020/09/#respond Tue, 22 Sep 2020 23:02:01 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1694 Nascemos em uma sociedade que introduz seus valores, costumes, normas e regras, por isso o ser humano acaba sendo um ser biopsicossocial. As mulheres trazem em sua memória às canções de amor e os filmes românticos que acabam mostrando um conceito errôneo do que é uma relação sentimental, os roteiros e letras investem na

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Nascemos em uma sociedade que introduz seus valores, costumes, normas e regras, por isso o ser humano acaba sendo um ser biopsicossocial.

As mulheres trazem em sua memória às canções de amor e os filmes românticos que acabam mostrando um conceito errôneo do que é uma relação sentimental, os roteiros e letras investem na idealização, porém o ideal não existe porque é uma perfeição que o pensamento cobra que jamais será realizado porque ele não existe fora, apenas dentro do pensamento.

Em nossa mente não existe o real apenas o imaginário, ou seja, nossa capacidade de elaborar e simbolizar, está aqui o perigo também, porque a mente – mente.

E dentro dos contos de fada, “ Branca de neve e os 7 anões”, “A Bela Adormecida”, as mulheres eram frágeis, indefesas, e “adormecidas” o sopro de vida somente era trazido pelo belo cavalheiro que trazia a vida, o beijo do amor verdadeiro, e a vida começava a partir desse momento e eles viveriam até o fim “felizes para sempre”.

Nasce aqui o ideal construído, o dar tudo pela outra pessoa, deixar os próprios objetivos para colocar a pessoa amada na frente e, até mesmo, chegar ao ponto de pensar que a nossa vida não é nada sem ela.

Como diz a música de Nando Reis “ Sim”

“Sim, desde que eu te vi eu te quis, eu quis te raptar, eu fiz um altar pra te receber
Como um anjo que caiu lá do céu, não estava voando, andando, distraiu-seSim, e agora?

Eu quero voltar lá do céu , eu quero estar de volta, eu quero ter você quando estiver de volta
Eu quero você para mim, não dou pra ficar só,
Sim…

Não dou,
Não”

Essas ideias estão bem longe de um relacionamento saudável, porque a letra e o poeta são sensíveis e amável, mas emocionalmente se baseiam na dependência, no ciúme e na possessividade, e na dificuldade de estar consigo mesmo, de estar só mesmo na presença do outro.

E porque ter uma relação sólida está tão difícil hoje?

Há pouco tempo estava bombando nas salas de cinema a sequência do filme 50 tons de cinza.Você já assistiu?

Será mesmo que tudo o que foi visto ou melhor intepretado era saúdavel do ponto de vista de uma relação emocional?

A relação de Cristian Gray e Anastácia era algo muito líquido e uma relação muito perturbadora.

Lembre-se que houve um contrato por escrito antes de mais nada, que deixava claro que jamais haveria troca afetiva e vínculo entre os dois.

Apenas regras de um dominador que queria uma relação de controle e poder.

 

Você acha que o amor deve ser guardado, doado ou negociado?

Para Nando Reis ele reponde essa pergunta cantanto a letra:

“Para você guardei o amorPra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir …

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz”

Está aqui a origem do nascimento do amor, o amor que se teve com os pais

A memória guarda registros desses vínculos através das protosensoralidades e sensorialidades, ou seja, o amor, pode ter cheiro, imagem, sabor, memórias afetivas, muito comum por exemplo vc comer uma fruta e lembrar da infância, ou ouvir uma musica se lembrar de alguém específico, o cheiro o perfume então, esse dispara o coração porque vc jura que a pessoa estaria alí somente ao sentir o cheiro de seu perfume.

Temos aqui o exemplo da relação que o Cristian Grey teve com a Anastacia, que seu próprio nome significa “a ressuscitada”, eu ressucito aquilo que já está morto, ou seja, o lugar dela de objeto.

Cristian Grey repete o abuso do qual viveu, houve registro de dor ao invês de prazer em sua infância porque ele foi abusado sexualmente por uma suposta amiga de sua mãe.

Que o colocou de forma precoce e abusadora em um estado de objeto e não de pessoa, de forma simples ele irá repetir essa forma de padrão aprendida em suas relações, ou seja o abusado pode se tornar o abusador na vida adulta.

Provavelmente está aqui a origem da relação masoquista.

A Anastácia, por sua vez o atende e entra em seu jogo e temos outras questões aqui, as que se referem as relações delas em sua infância, ela vai sedendo a dor para ter um suposto amor.

O casal acaba tendo um funcionamento de uma relação sadomasoquista, é a elice do ventilador rodando tudo e misturando, ou seja, um alimenta a loucura do outro.

Tive falas na clínica de muitas mulheres dizendo, “que lindo, mas ele mudou por ela”!

Será que isso é possível?

O amor negociado é feito de jogos patológicos, como essa dupla Cristian Grey e Anastácia deixa claro que o outro passa a ser um objeto, e não uma pessoa.

Porque o prazer é obtido apenas pelo jogo patólogico que o outro é submetido, e o amor passa sim a ter muitos tons, mas continuam sendo de cinza e não são cor de rosa.

Há pesquisas que apontam que é possível sim criar recursos para que os casais possam ter uma construção mais saúdavel de se relacionar, e trazer mais cor na relação.

O psicólogo Walter Riso em seus livros como o Guia Prático para Superar a Dependência Emocional aponta para a forma de se relacionar, ou seja, eu posso extrair o melhor ou o pior do outro.

Por isso que na psicoterapia de casal se trabalha a relação, ou seja o terceiro elemento, pode ser a relação que esteja adoecida, muda um elemento, muda a relação, então quando você abre espaço para uma pessoa mais saudável é possivel vivenciar uma outra forma de amar.

Alguns elementos que foram comprovados em sua eficácia na forma de amar são:

  • A Paixão
  • A Intimidade
  • O compromisso

A paixão é maravilhosa aciona todos os hormônios do prazer porém ela tem prazo de validade, dura no máximo um ano e se acaba.

A intimidade é construída a dois, aqui estão algumas dicas preciosas para executar diariamente:

Cuide de seu companheiro ou companheira

– Escute, brinque, use da criatividade

– Massagem ao final do dia

– Rir juntos,

– Comunique com o outro de forma simples

O Compromisso outro elemento fundamental no pilar para a contrução de uma relação sólida, ou você construiria uma casa sem um alicerse?

Este tem sido também um fator muito difundido nos dias atuais, porque temos novas formas cristalizadas de se relacionar que são chamadas de relações líquidas ou vazias.

O termo mais atual tem sido a troca do vazio pelo vácuo, seria todos jogados no espaço.

Como os ficantes, ninguém tem mais identidade, nome, sobrenome, idade, interesses comuns, já no início da puberdade, os novos “crush” e os novos “compromissos” são os namoridos que não pode ter compromisso, mesmo morando juntos e tendo filhos, aqui o sem compromisso envolve não ter responsabilidades.

Quando o amor é guardado ele acaba não sendo vivenciado.

O amor doado é o amor saudável

O amor negociado é o amor patológico/tóxico ou adoecido.

O amor negociado já citei é feito apenas de jogos patológicos, como citei o filme 50 tons de cinza deixo claro que o outro passa a ser objeto, e não pessoa. Envolve mentiras, bloqueio nas redes sociais, não se envolver de forma alguma, não ser autêntico e sincero com o outro. E não vou dar ênfase ao amor adoecido e sim ao amor doado.

Seria a forma de amar mais saúdavel.

Nele há o encontro através da sintonia de amor.

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Gêmeos devem compartilhar tudo? https://cristianetabai.com.br/gemeos-devem-compartilhar-tudo/2020/08/ https://cristianetabai.com.br/gemeos-devem-compartilhar-tudo/2020/08/#respond Mon, 17 Aug 2020 01:57:35 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1607 Gêmeos devem compartilhar tudo? Todo nascimento envolve uma nova geração dando continuidade na transgeracionalidade, no caso de nascimento de gêmeos, há um toque a mais de fascinação com os irmãos por conta das semelhanças físicas, sendo idênticos ou não, como são mais raros são muito admirados. Para a família que estará convivendo com os

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Gêmeos devem compartilhar tudo?

Todo nascimento envolve uma nova geração dando continuidade na transgeracionalidade, no caso de nascimento de gêmeos, há um toque a mais de fascinação com os irmãos por conta das semelhanças físicas, sendo idênticos ou não, como são mais raros são muito admirados.

Para a família que estará convivendo com os irmãos gêmeos, entrará uma nova rotina de adaptação dessa maternidade e paternidade, que precisará lidar com essa dualidade a vida toda, que já iniciou na vida intrauterina, e terá toda uma trajetória até a vida adulta.

Há muitas dúvidas em relação à forma de educar os filhos, qual a maneira mais saudável, como os gêmeos devem compartilhar tudo? As justificativas para partilhar de tudo são muitas, é mais fácil é mais barato, porém do ponto de vista psíquico, faz-se necessários alguns apontamentos emocionais importantes.

Algumas atitudes na educação dos gêmeos podem reforçar a falta de identidade própria para a vida adulta.

Lembrando que existe um caminho que uma criança percorre para essa construção de identidade. Nos primeiros seis meses, será o período de dependência absoluta, vista como relação simbiótica, nesta díade mãe e filho se unem e se completam, porém ela deve existir somente neste momento, e a mãe ir estimulando o bebê rumo á independência.

Os vínculos, formados durante as primeiras fases do desenvolvimento, durante a construção da subjetividade da criança funciona como um período de molde, pois suas futuras relações estabelecidas com o meio social estarão marcadas por essas vivências.

Não existe receita para a educação dos filhos, e sim propostas de diálogos que sugerem atitudes mais saudáveis dos pais, para que os filhos lidem de forma menos negativa nesta dupla de irmãos. Como as crianças sempre querem ser vistas, amadas e reconhecidas pelos pais, vesti-los iguais, por exemplo, durante toda a infância pode sim contribuir para a rivalidade e falta da própria construção de identidade.

A segurança e o amor próprio são construções que vem muito de uma educação familiar que possam lidar com as diferenças e as individualidades.

Em um passado recente era comum os pais vestirem seus filhos iguais, na vida pós-contemporânea, a mídia vem contribuindo novamente para o estímulo de uma moda igual entre mães e filhas, o que reforça essa fusão. Alguns pontos são importantes serem vistos, na hora de vestir os dois sempre com roupas iguais, seria mais saudável que as cores fossem diferentes, e aos poucos as crianças poderem ser respeitas nas suas diferenças, fazendo suas próprias escolhas.

Em relação aos brinquedos quando se presenteia com brinquedos iguais para evitar as brigas, também pode ser uma boa intenção, na ambivalência seria uma oportunidade para lidar com ciúmes, gostos individuais.

Tratar os filhos da mesma maneira sem diferenciação, pode ser um estímulo para a dependência emocional maior, há relatos de pacientes no “setting terapêutico” que nunca tiveram um aniversário sem o irmão (a), e pequenos detalhes de como um escolher o sabor do bolo, pode se cristalizar nesta dupla até a vida adulta.

Os pais devem tentar revezar colo e cuidados sem priorizar somente um com o pai sempre e vice-versa, para não criar uma aproximação maior somente com um deles, em tudo na rotina pode se criar por exemplo escolhas diante de brincadeiras lúdicas como: par ou ímpar; pedra, papel, tesoura.

Outra dúvida é a entrada na vida escolar, eles poderão se sentir seguros, sendo colocados na mesma classe nos primeiros anos, isso pode ser revisto ao longo da trajetória escolar.

Cada família precisa criar sua maneira e respeitar a individualidade dos irmãos, cada dupla também terá as suas representações familiares, os pais precisam acima de tudo criar sintonia entre si para que se crie um único procedimento entre os dois.

Vale ressaltar que o brincar faz função terapêutica, para Winnicott (1975) o brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da criança, pois oferece a ela um “espaço potencial” onde possa, no seu ritmo, entrar em contato com a separação da mãe, elaborar as angústias, ao mesmo tempo em que através do brincar a criança vai criar seu modo singular de se relacionar com a realidade externa.

Hoje os filhos estão sendo chamados de “filhos do quarto”, os pais estão com dificuldade de lidar com alguns aspectos da educação, vale ressaltar a importância de dar limites, porém é possível resgatar o lúdico, como incluir noites de jogos, mais presença física, elogios em boas condutas dos filhos e reconhecimento por suas conquistas, proporciona crescimento e amadurecimento emocional.

Para Winnicott, uma mãe precisa “ser suficientemente boa”, e contribuirá para a construção de um aparelho psíquico da criança, indivíduo sadio precisa ter desenvolvido sua capacidade de criatividade, será ela a saída para a saúde mental.

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Repetir, repetir… até quando? https://cristianetabai.com.br/repetir-repetir-ate-quando/2020/08/ https://cristianetabai.com.br/repetir-repetir-ate-quando/2020/08/#respond Mon, 17 Aug 2020 01:53:09 +0000 https://cristianetabai.com.br/?p=1603 Repetir, repetir, até quando? Você já teve a sensação de que o dia de hoje está sendo exatamente como o dia de ontem? Não foi o dia que não mudou, você que tem repetido as mesmas atitudes, diariamente. Como diz o poeta Chico Buarque em sua música “Cotidiano”: “Todo o dia ela faz tudo

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Repetir, repetir, até quando?

Você já teve a sensação de que o dia de hoje está sendo exatamente como o dia de ontem?

Não foi o dia que não mudou, você que tem repetido as mesmas atitudes, diariamente.

Como diz o poeta Chico Buarque em sua música “Cotidiano”: “Todo o dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis da manhã, me sorri com um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã”. Estas palavras retratam a nossa rotina diária.

O filme O Feitiço do Tempo, no qual o personagem principal repete os dias exatamente da mesma forma, também mostra esse cotidiano.

Como é possível parar essa repetição e fazer com que essa mudança aconteça? As mudanças externas acontecem diariamente, mas as pessoas cristalizam sua conduta. Se não mudarmos nosso mundo interno, será sempre mantido o mesmo padrão de comportamento, pois existe uma predisposição de o indivíduo ir apenas repetindo situações aprendidas. O nosso cérebro reptiliano, igual aos dos animais: quando acionado, aparecem apenas os impulsos, vindo apenas os instintos de sobrevivência.

Desde o nosso nascimento somos inseridos nesse ciclo social, em que o ser humano vai repetindo os valores sociais que são passados por nossos pais. O lado positivo é a conservação dos valores éticos, religiosos, dos nossos ancestrais, por exemplo: cada família poderia ser rotulada com o nome daquilo que é mais valorizado por seus membros ao longo da história, que é também uma forma de preservação da cultura e dá espécie.

O lado negativo dessa repetição é não se permitir evoluir cristalizando as condutas, sem questionamento, correndo-se o risco de repetir sempre o mesmo erro, ou até de entrar em um ciclo de autossabotagem. Por isso, faz-se necessário sair da reminescência (sempre repetindo), para a revivescência (sempre criando).

Por trás de várias patologias está a compulsão a repetição, por exemplo: os transtornos alimentares como a bulimia, anorexia, comer compulsivo, distúrbios de personalidade, abuso de dependência de drogas, ou transtorno obsessivo compulsivo. A pessoa vai em busca do preenchimento de um vazio emocional, por isso a dificuldade de resolver esses conflitos, pois está no seu período de molde, na formação da personalidade.

Ao longo da nossa jornada vamos criando dogmas e introjetando conteúdos difíceis de serem alterados, e assim desenvolvemos também o apego (meu prato favorito, minha bebida favorita), não nos permitindo ao novo, e ao exercício da criatividade.

Na vida adulta, somos a soma das nossas escolhas, portanto pagamos um preço alto por não estarmos aberto a novas mudanças, porque temos medo do novo, do desconhecido. A vida fica repleta de “mesmices”: as férias são repetidas anualmente, no mesmo local, no mesmo período, na mesma praia.

A análise pessoal é um espaço onde a pessoa possa se observar. Um dos objetivos, além da conversa do inconsciente com o consciente, é de se conhecer e parar de repetir. A melhor forma é resolver os seus conteúdos reprimidos e aprender a usar novos mecanismos de defesa que sejam mais saudáveis.

As mudanças são possíveis por meio de um olhar para dentro de si mesmo. Ao parar de repetir, é possível recriar a vida, sair de uma patologia, seja ela qual for. Hoje temos uma sociedade em que se fala muito de padrão estético, e muito pouco da saúde mental.

Temos muito mais acesso pelos meios de comunicação, livros, internet, porém a “sabotagem” continua. Se sabemos que é prejudicial por que continuamos a nos prejudicar? Porque passamos a conhecer os perigos das condutas inadequadas, no nível consciente, na parte cognitiva, mas o princípio de prazer de muitos vícios que dominam e controlam o afetivo inconsciente. Por isso, as pesquisas ainda apontam para taxas elevadas de mortes precoces e relacionadas a essas condutas inadequadas.

O grande desafio do adulto é ser capaz de criar e se recriar, ao se permitir a novos padrões, novas condutas. Poderá assim descobrir novos sabores, novas sensações, e se deparar com sentimentos que nunca esperou encontrar, como o alivio, a paz, a tranquilidade. Para recriar sua própria história, é necessário se descobrir, se tornar autêntico. Só assim é possível “tornar-te quem tu és”.

Neste texto fica um alerta para que cada um se reveja em seu estilo e padrão de vida e em quais condutas se está repetindo. É possível começar com pequenas atitudes diárias que podem fazer muita diferença, pois somos nós que escolhemos a nossa história. É importante não só viver mais anos, mas sim viver melhor os anos que se vive.

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